Por Julimar Roberto:
Mesmo após intensa pressão da Contracs-CUT, de centrais sindicais, dos movimentos populares, e do próprio presidente Lula, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, a maior do mundo. Uma completa desarmonia com o plano do governo eleito pelo povo para a condução do Brasil.
Mas quem é que define esse percentual? É nada mais, nada menos que o Copom, formado pelo presidente e diretores do Banco Central. Um seleto grupo que, a cada 45 dias, define os rumos do país.
Isso porque, a taxa de juros influencia muita coisa no Brasil, a começar pela própria economia, já que todos os investimentos do mercado sofrem, de alguma forma, com a Selic alta. Uns direta, outros indiretamente, mas a verdade é que todos são afetados.
Mas o que muitos não sabem é que Roberto Campos Neto, presidente do BC, é um indicado de Bolsonaro. E, sendo o BC uma instituição com autonomia, Lula não pode trocá-lo, a não ser que ele saia por vontade própria. Dessa forma, o país esbarra em dois projetos distintos e o que está sendo tocado pelo BC não é bom para o povo brasileiro. Por isso, é fundamental que, ou Campos Neto se demite ou busca entrar em harmonia com o Governo Federal. Do jeito que está não pode ficar!
Olhando diretamente para o povo, os juros altos impedem que o trabalhador tenha acesso a itens básicos, pois tudo fica mais caro. Financiar carro, casa, moto, viagem? Nem pensar! Os bancos ficam resistentes em emprestar dinheiro à população. Simplificando, é muito dinheiro parado nas mãos de poucos.
Está claro que a política ─ irresponsável ─ de juros implementada por Campos Neto é uma submissão aos rentistas do BC, que nada têm a perder com o país indo ladeira abaixo. É, antes de tudo, uma sabotagem ao governo Lula e ao povo brasileiro. Basta!
Queremos e lutaremos pela imediata redução dos juros e pela retomada do Brasil.
Fora, Campos Neto!
Juros baixos já!