Política monetária do BC não foi a escolhida nas urnas

Por Julimar Roberto:

Nos últimos seis meses, o Brasil deu importantes passos no que diz respeito ao crescimento da economia. A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) aumentou, a inflação caiu, investidores passaram a ver o país como um polo positivo para aplicação de capital, parcerias internacionais foram firmadas, e passamos a ser vistos como a grande economia que somos. Isso sem falar nos avanços sociais, que têm dado ao povo brasileiro a possibilidade de sorrir de novo. E podemos ir mais longe. Bem mais.

Mas, infelizmente, ainda há muitos entraves que impedem o progresso do Brasil. Primeiro, fruto da era Bolsonaro, temos um Congresso conservador e ultraliberal, que tem impedido a implementação do projeto popular eleito nas urnas. Mesmo com intensa articulação política de Lula, aprovar projetos na Casa tem sido um sufoco.

Em segundo lugar, e não menos ruim, temos o Banco Central ─ também com resquícios do bolsonarismo ─, que mantém os juros nas alturas. Vale lembrar que o presidente da instituição, Campos Neto, foi indicado por Bolsonaro, e, portanto, tem uma perspectiva de construção do Brasil muito aquém da realidade, assim como seu antigo chefe.

Hoje, a taxa Selic, está em 13, 75%, e é definida pelo Copom, um seleto grupo formado pelo presidente do Banco Central e por diretores da instituição, que se reúne a cada 45 dias para fixar os juros e, consequentemente, decidir os rumos do país.

Diante de tamanho abuso, a Contracs, a CUT, demais entidades sindicais e movimentos populares, iniciam nesta sexta-feira (16) a Jornada de Mobilização contra a Política Monetária do BC, que insiste em penalizar o povo brasileiro. Até o dia 21 de junho, serão realizadas diversas ações nas ruas e nas redes pela imediata redução dos juros.  E nós devemos participar, seja presencial ou virtualmente.

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E o descontentamento com o atual cenário é tão generalizado que até mesmo empresários já se posicionaram contra a taxa imposta pelo Banco Central. Durante evento do Instituo para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), que contou com a participação de inúmeros líderes do ramo, a empresária Luiza Trajano, da Magazine Luiza, foi incisiva ao cobrar de Campos Neto a redução da Selic. No encontro, Luiza ainda afirmou que ligou para o presidente do BC mais de 20 vezes para falar sobre o tema.

A realidade é que, de fato, ninguém aguenta mais! Estamos presos a uma política monetária que não elegemos, uma herança maldita do governo Bolsonaro.

É hora de nos mobilizarmos. O Brasil precisa de juros menores para estimular o crédito e o consumo. Dessa forma, teremos mais pessoas consumindo e a economia girando. Por consequência, o país alçará novos voos e Lula poderá finalmente implementar o projeto para o qual foi eleito.

Basta de juros altos!

Fora, Campos Neto!

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