Entre janeiro e outubro de 2022, o Brasil registrou uma morte por dia entre crianças de 6 meses a 5 anos diagnosticadas com o coronavírus. Conforme dados do Observa Infância, foram 314 óbitos
Enquanto Bolsonaro promovia fake news , mentia para o povo brasileiro na tentativa de se reeleger em 2022, e ainda empurrava o Brasil cada vez mais para um buraco econômico sem fundo com desemprego, miséria e fome, uma criança por dia morria por Covid-19 no país.
A omissão e a irresponsabilidade do governo de Bolsonaro com a pandemia desde o início resultaram, até agora – momento em que o país poderia ter a doença sob controle – em mortes. As consequências surgem pela má gestão e pelo negacionismo a uma situação emergencial mundial. O vírus já ceifou a vida de quase 700 mil pessoas somente no Brasil. A atuação do governo federal no combate à pandemia foi parar, inclusive, no Tribunal de Haia, pela denúncia da CPI da Covid no Senado por crimes cometidos por Bolsonaro.
Mesmo após quase três anos, as famílias brasileiras ainda choram pela continuidade na perda de parentes, vidas que se vão pela negligência de Bolsonaro.
De acordo com os dados do Observa Infância, entre 1° de janeiro e 11 de outubro de 2022, uma criança de 6 meses a 5 anos morreu por Covid-19 por dia no Brasil.
Nas últimas semanas deste ano, a taxa de transmissão e internação aumentou entre as crianças em todas as regiões do país.
Mortes com vacinas disponíveis
Mesmo com vacinas disponíveis, da quais diversas também foram para o lixo por culpa do atual desgoverno, a falta de política pública para a vacinação em massa ainda causa mortes no Brasil, conforme ressalta, em entrevista à Globo News, a coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini.
“Com vacinas disponíveis, podemos considerar a Covid-19 uma doença imunoprevenível. Isso significa que essas mortes podem ser evitadas com uma política pública de vacinação em massa”.
Pela análise do observatório baseado em dados do Ministério da Saúde pelo Vacinômetro Covid-19, até o dia 28 de novembro, apenas 7 de cada 100 crianças de 3 e 4 anos tinham recebido as duas doses da vacina. Do total de 5,9 milhões de crianças nessa faixa etária, somente 1.083.958 tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19, enquanto 403.858 completaram a imunização com a segunda dose.
Transmissão e internações aumentaram em novembro
Nove estados do país e o Distrito Federal registrara, crescimento de crianças infectadas pela Covid-19. Testes realizados pelo Grupo Fleury apontam que a doença em crianças de 0 a 2 anos passou de 3% em outubro para mais de 16% em novembro. Entre as crianças de 3 a 5 anos, a positividade passou de 1,4% para 7,7% no mesmo período.
O aumento no número de casos resulta no crescimento também de hospitalizações em crianças dessa faixa etária. Na última semana epidemiológica registrada pelo Ministério da Saúde, entre os dias 27 de novembro e 3 de dezembro, 193 crianças menores de 1 ano foram internadas pela doença. Entre os dias 2 e 8 de outubro, por exemplo, haviam sido 26 internações. Um crescimento, portanto, de mais de sete vezes em dois meses.
Também em entrevista à Globo News, o infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, Celso Granato, explica que o aumento de casos positivos se deu em todas as faixas etárias, mas que, entre as crianças, chama atenção porque vem acompanhado de um aumento na gravidade da doença.
“Se em todas as faixas etárias a positividade aumentou, mas a internação só aumenta em crianças pequenas, isso significa falta de vacinação”.
Vacinação
Em 13 de julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da Coronavac em crianças de 3 a 5 anos.
Entretanto, a vacinação de crianças de 6 meses a 4 anos foi autorizada pela Anvisa somente no dia 16 de setembro, com o imunizante da Pfizer.
Da Redação, com informações do G1