O presidente Lula e uma comitiva de ministros participaram, nesta quinta-feira (2), em Santa Maria, de reunião com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, secretários estaduais, representantes de prefeituras, militares e outros agentes para definir as ações de ajuda à população e aos municípios gaúchos, afetados por fortes chuvas.
Lula, que embarcou para Santa Maria na manhã de hoje, anunciou a criação de um comando conjunto de operações dos governos federal e estadual na cidade e assegurou que, além do apoio ao resgate das pessoas em situação de risco, já em andamento, serão liberados recursos financeiros para o estado.
“Eu fiz questão de trazer os ministros aqui porque eu quero que cada um deles assuma um compromisso, não apenas na minha frente, mas também na frente da imprensa, do que que nós estamos nos comprometendo a fazer em solidariedade ao povo do estado do Rio Grande do Sul, para que a gente possa minimizar o sofrimento que esse evento extremo da natureza está causando”, disse Lula.
O presidente viajou a Santa Maria acompanhado pelos ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Rui Costa (Casa Civil), Renan Filho (Transportes), Marina Silva (Meio Ambiente), Jader Filho (Cidades) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).
Além de anunciar o apoio federal, Lula prestou “solidariedade ao povo do estado do Rio Grande do Sul, um povo que é conhecido nacionalmente como povo trabalhador e que possivelmente não precisasse sofrer tanto em tão pouco tempo”.
“Solidariedade aos familiares das pessoas que foram vítimas e que morreram por conta desse desastre extremo e aos familiares que estão desaparecidos, na esperança de que eles possam aparecer e que todos estejam ainda com vida”, disse.
O presidente acrescentou ter comunicado ao governador e aos ministros que, da parte do governo federal, “não faltará nenhum esforço para que a gente possa trabalhar arduamente, como já estão trabalhando as Forças Armadas brasileiras aqui representadas”.
Lula disse também que o governo federal está preparado para prestar o mesmo apoio dado durante as chuvas que atingiram o estado em setembro do ano passado e também em meio à seca de fevereiro deste ano.
“O governo federal estará 100% à disposição do Estado do Rio Grande do Sul, do povo do Rio Grande do Sul, para a gente atender com material humano, com trabalho, com eficiência e com recursos que eu sei que vão ser necessários para que a gente possa reparar os prejuízos, e, no primeiro momento, a gente só tem que salvar vidas, a gente só tem que cuidar das pessoas”, pontuou Lula.
“A gente vai ter que cuidar de fazer a avaliação dos danos e, a partir daí, começar a pensar como encontrar o dinheiro para que a gente possa reparar esses danos”, prosseguiu o presidente, detalhando que os recursos federais serão destinados para obras e apoio nas áreas de saúde, alimentação e transporte, entre outras.
Lula prosseguiu: “Eu quero terminar dizendo para vocês que, como ser humano, eu vou rezar e rezar muito para que a chuva possa parar, para que as pessoas possam voltar para as suas casas, para que as pessoas possam se reencontrar e viver a sua vida tranquilamente e em harmonia com a família”.
“Isso do ponto de vista como ser humano. Como governante, eu vou fazer o que estiver ao alcance do governo federal e suas instituições para que a gente possa dar ao Rio Grande do Sul, ao povo gaúcho e ao povo das regiões afetadas tranquilidade para que a gente possa viver com muito respeito cuidando da nossa família”, concluiu o presidente.
Agradecimento
Durante a reunião, o governador Eduardo Leite agradeceu a Lula pela visita em meio a uma “situação de guerra”, na qual salvar vidas é a prioridade.
“Tenho estado em contato com os ministros diretamente, sempre atendendo os nossos chamados, ministro Pimenta, ministro [José] Múcio [Defesa], ministro Waldez”, disse, agradecendo também o apoio do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
“A nossa reunião aqui, presidente, é muito proveitosa. No sentido de botar com toda a velocidade, todo o foco e de forma equilibrada, naturalmente, tudo o que nós precisamos fazer para dar essas respostas com os equipamentos, com os efetivos que estão sendo empregados com o foco no resgate das pessoas”, declarou Leite.