Ao participar de debate na tevê, Lula se compromete a governar com especial atenção aos que mais precisam: “Eu gosto de cuidar do povo, não de governar o povo”
No debate realizado na noite de quinta-feira (29) pela Rede Globo, Lula mostrou ser o único candidato que já provou ter capacidade de construir um país justo, sem fome e mais feliz. E disse que deseja voltar para colocar o Brasil de volta nesse caminho.
Logo em sua primeira participação, lembrou que no seu governo a renda dos mais pobres cresceu 80%, enquanto a dos ricos subiu 20%. Que foram gerados 22 milhões empregos, o salário mínimo valorizou 74% e 70 mil famílias foram assentadas no campo.
“O Brasil viveu seu melhor momento. As pessoas podiam comprar televisão, geladeira, carro, podiam comer picanha, conseguiam viajar de avião. Tive o prazer de fazer a maior política de inclusão social da história deste país”, lembrou.
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Lula afirmou que, ao ser presidente por oito anos, aprendeu a construir um Brasil do qual a população sente saudade. “O povo brasileiro está com saudade de ter emprego, aumento do salário mínimo, acesso à saúde, com Farmácia Popular, Brasil Sorridente, o Samu funcionando melhor. (…) É esse Brasil que eu aprendi a construir”, disse.
E se comprometeu a voltar para cuidar especialmente dos que mais precisam. “Eu gosto de cuidar do povo, não de governar o povo. Eu quero que as crianças possam comer, tomar café da manhã, almoçar e jantar, ir para a escola bem vestidas, decentemente. Quero que as pessoas possam trabalhar e ser respeitadas, que a empregada doméstica tenha direitos e não seja tratada como uma cidadã de segunda categoria.”
Fim para os sigilos de 100 anos
Diante de um Jair Bolsonaro desesperado, que tentou atacá-lo com mentiras, Lula lembrou que foi inocentado nos 26 processos que a Lava Jato inventou contra ele e foi absolvido tanto no Supremo Tribunal Federal quanto na ONU.
E ressaltou que é o atual presidente quem deve muitas explicações, devido às rachadinhas dos filhos, os imóveis comprados em dinheiro vivo pela família e os escândalos na compra de vacinas e de pedidos de propina em barra de ouro no Ministério da Educação.
“Eu vou fazer uma coisa para você”, falou a Bolsonaro. “Eu vou fazer um decreto acabando com seu sigilo de 100 anos, para saber o que tanto você quer esconder por 100 anos.
Fazer com responsabilidade
Lula também se comprometeu em voltar a fazer a defesa do meio ambiente, inclusive criando o Ministério dos Povos Indígenas; apoiar o setor da cultura, para que ele gere empregos no país; aumentar os investimentos em ciência e tecnologia; ampliar as políticas de inclusão, como as que garantem acesso à universidade aos jovens negros e da periferia; e retomar a construção de grandes obras e de moradias do Minha Casa Minha Vida.
Tudo isso, assegurou Lula, pode ser feito com responsabilidade econômica, como ele já provou ser possível. “Em 2002, eu peguei o Brasil com 12% de inflação, 12% de desemprego, dívida no FMI e uma dívida pública de 60,5% do PIB. Nós reduzimos a dívida pública para 37,7%, reduzimos a inflação para 4,5%, reduzimos o desemprego e geramos 22 milhões de empregos e começamos a fazer uma reserva que nunca havia tido antes”, elencou.
Por fim, disse que, no próximo domingo (2), quando forem votar, os brasileiros e brasileiras poderão escolher entre quem desgoverna o Brasil hoje, quem promete fazer algo e quem já provou que sabe fazer.
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“O povo pode escolher alguém que soube resolver a situação do Brasil, porque eu sempre falo que o problema não é governar, é cuidar do povo. É gerar emprego, aumentar salário, melhorar a saúde, melhorar a educação, fazer universidade. Vocês sabem o que somos capazes de fazer e por isso vamos voltar”, encerrou.