A volta da juventude do PT na mesa diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) foi tema nesta sexta-feira, 11, no Jornal PT Brasil com a participação da secretária-geral da UNE, Julia Köpf. Ela falou sobre o papel dos estudantes no país e as perspectivas de políticas de educação para a juventude brasileira.
Köpf afirmou que o papel da entidade é aproximar os estudantes dos governos municipais, estaduais e federal e, assim, com um projeto popular, transformar a vida da juventude na base das universidades.“Conseguimos depois de duas gestões fora da mesa diretora retomar esse espaço, que é o reflexo de fato de como é grande e representativa a juventude do PT na base das nossas universidades, nos espaços acadêmicos, DCEs…”
Ela enfatizou que o papel da UNE também é muito importante para defender a democracia em ir para as ruas defender os direitos estudantis.
A volta de um governo democrático, com Lula na presidência, foi celebrada por Köpf, que relembrou os anos de retrocesso na pauta da educação após o golpe, de 2016, contra a presidenta Dilma Rousseff. “Vamos colocar o governo pra frente e pressionar quando for necessário. O movimento estudantil é social e temos muita responsabilidade. Precisamos fazer esse diálogo e sermos o ouvidos pelo presidente Lula, pelo MEC, e tudo isso é essencial pra gente continuar avançando cada vez mais”.
Lei de Cotas
A secretária-geral da UNE comentou ainda a vitória da aprovação da Lei de Cotas na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 9. O Projeto de Lei, com a relatoria da deputada federal Dandara Tonantizn (PT/MG), é visto por ela como uma conquista da juventude negra do país. “Nosso papel é sempre estar na vanguarda das nossas propostas e ajudar e conseguir reivindicar a nossa melhora”, disse.
Principais demandas
Sobre as demandas da juventude, Köpf relembrou a visita de Lula no 59º Congresso da UNE, quando uma carta de reivindicações foi entregue ao presidente.
No documento, os estudantes citam a resistência de um dos períodos mais difíceis da história do país contra o bolsonarismo e contra a democracia. O movimento estudantil reivindica ensino de qualidade, ampliação do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), do Programa Universidade Para Todos (Prouni) e a recomposição orçamentária das universidades brasileiras.
“Queremos ensino de qualidade, um bom aproveitamento disso, passe livre, bons transportes, auxílio de permanência no ensino, e cursos com materiais. Temos uma pauta transversal. Também queremos lazer, pois sem saúde mental não conseguimos estudar bem”, destacou.
Da Redação do PT