O governo federal abre, de sexta-feira (19) até 5 de fevereiro, as inscrições para o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), o chamado ‘Enem dos Concursos’ com 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos. Ele foi pensado estrategicamente para oferecer igualdade de condições a todos os brasileiros e para que o serviço público seja “a cara do Brasil”, com a garantia de diversidade, transparência e segurança jurídica, segundo a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, entrevistada desta quarta-feira, 17, do programa “Bom Dia, Ministra”.
“Neste concurso, 94,6% da população estará a menos de 100km das 220 cidades de realização das provas para facilitar o acesso para todas as pessoas que querem participar do concurso. Assim, os candidatos vão conseguir transitar mais facilmente e teremos mais gente fazendo a prova”, afirmou.
Pela primeira vez um concurso chegará a locais onde nunca foram realizadas provas de certames federais, uma determinação do presidente Lula.
“Quando ele assumiu, criou o Ministério da Gestão justamente porque observou que o povo brasileiro tinha sido muito maltratado, especialmente, na área dos servidores. Muitos tinham saído para aposentadoria e não houve concurso, além de enfrentarem problemas salariais. Muitas áreas do governo estavam sem capacidade de prestar serviço à população. Muitos ministérios tinham perdido a capacidade de fazer concurso”, detalhou Esther.
Cotas garantidas
Previsto para o dia 5 de maio, o Concurso Nacional Unificado permitirá que os candidatos concorram a várias vagas em diferentes órgãos, mas dentro de uma mesma área de atuação. Ele terá 5.141 locais de aplicação e um total de 77.242 salas, numa força tarefa estimada em 350 mil pessoas.
A inscrição para cargos de nível médio é R$ 60 e R$ 90 para nível superior. Inscritos no CadÚnico, doadores de medula óssea e quem já foi ou é beneficiário do Prouni e Fies têm isenção garantida.
O edital prevê cotas de 5% para pessoa com deficiência e 20% para pessoas negras. Para as vagas da Funai haverá 30% de cotas para indígenas.
O canal oficial de atendimento do MGI para dúvidas e denúncias sobre o concurso é [email protected]
O concurso, segundo a ministra, preza pela igualdade de condições para que mais pessoas possam se candidatar.
“Sabemos que quanto maior for a diversidade de servidores públicos, maior será a capacidade de pensar em soluções inovadoras e boas políticas públicas, porque teremos pessoas que conhecem cada cantinho do Brasil”, observou.
O trabalho para recompor o pessoal nos órgãos público começou ainda no Governo de Transição, quando foi aprovada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que possibilitou a realização do concurso.
“Além disso, aprovamos mais de nove mil vagas no ano passado”, lembrou Esther.
Rede de segurança
Esther ressaltou que todo o processo é acompanhado pela Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU) para garantir a maior transparência possível. “Todos os editais foram feitos atendendo a legislação e todas as áreas necessárias para sua execução. Estamos respondendo todas as perguntas e deixando tudo muito claro para a população”.
Para evitar fraude há uma rede de segurança voltada para o concurso, que é coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com as forças da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Também fazem parte as polícias militares, civis e bombeiros estaduais.
Fonte: Redação PT