“Estou realizando meu sonho de trabalhar, ganhar até mais. É a primeira vez que estou assinando minha carteira.” O depoimento é de Maria Fabiana de Andrade, 32 anos, moradora do Piauí e mãe de dois filhos.
Ela é uma das primeiras beneficiárias do Bolsa Família contratadas pelo Grupo Carrefour, após a assinatura de um acordo de cooperação técnica entre a empresa e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Pelo acordo, a rede de supermercados se compromete a reservar, nos próximos 12 meses, pelo menos 10% de suas vagas no Brasil a pessoas inscritas no Cadastro Único, base de dados que acompanha a situação das famílias mais pobres do país, incluindo os beneficiários do Bolsa Família.
Segundo o ministro Wellington Dias, o objetivo do governo Lula é firmar parcerias com várias empresas, de diversos setores, para garantir emprego formal, com carteira assinada, a 1 milhão de pessoas, que ganharão a chance de aumentar a renda e deixar de depender do Bolsa Família.
“Agora, elas vão melhorar a renda e, assim, não precisarão mais, vamos poder passar para outra pessoa. Eu sonhei com esse momento e agradeço a parceria”, afirmou Dias durante a assinatura do acordo.
“Nós precisamos de mais empregados, mais colaboradores e colaboradoras, e há pessoas que precisam de um trabalho. É uma nova forma de trabalhar juntos para também apoiar o governo no combate à fome”, disse o executivo do Grupo Carrefour, Stéphane Maquaire.
É também o caso de Jackeline Dutra, que era beneficiária do programa de transferência de renda e nunca tinha tido a oportunidade de ter um emprego formal. “O Bolsa Família ajudou muito financeiramente durante esse tempo que recebi, porque eu nunca trabalhei de carteira assinada, sempre fazia bicos de diarista”, recordou.
Agora, ela comemora a chance de se qualificar e mostrar que pode corresponder às expectativas e crescer na empresa. “É muito gratificante, uma conquista. Nunca tive oportunidade, porque não tinha experiência. Agora vou dar o melhor de mim e mostrar o que posso fazer”, afirmou.
Apoio também ao empreendedorismo
Para promover a inclusão socioeconômica das famílias que recebem o Bolsa Família, o MDS criou uma secretaria que trabalha em parceria com a sociedade civil e órgãos públicos e privados.
Em outra ponta, o MDS trabalha com a rede financeira do país para a criação de um fundo que sirva como garantia para a concessão de crédito a pessoas que desejam empreender, mas que não têm renda nem patrimônio suficientes.
“Alguém quer montar uma lanchonete, quer abrir um mercadinho, quer produzir melancia, quer criar galinha, vender ovos e precisa de um crédito barato, o fundo é a garantia”, explicou Wellington Dias.
E o melhor é que as famílias podem dar esse passo sem medo, pois o novo Bolsa Família continua apoiando quem consegue se inserir no mercado de trabalho. A família que está no programa pode aumentar a renda em até meio salário mínimo por pessoa sem perder o benefício.
Pela Regra de Proteção, o beneficiário pode permanecer no programa por até 24 meses, contados a partir da atualização cadastral da nova renda familiar, recebendo 50% do valor. E há ainda o retorno garantido para as famílias que precisarem voltar ao programa.
Da Redação do PT, com informações do MDS