Presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, convoca população para aprovar PEC e reverter caos social provocado por Bolsonaro
Com previsão de tramitação no Congresso Nacional nesta semana, a PEC do Bolsa Família pode trazer de volta o alimento para a mesa de 33 milhões de brasileiros e brasileiras que passam fome.
A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, convoca a sociedade para mobilização na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que vai garantir o pagamento do Bolsa Família no valor de R$ 600 e mais R$ 150 para beneficiário com filhos de até seis anos de idade.
Gleisi, que também é coordenadora do grupo de articulação política da transição de governo, defende que o Bolsa Família fique fora do teto de gastos de forma permanente. A PEC da Transição prevê tirar do teto de gastos todo o valor previsto para o Bolsa Família, que em 2023 deverá ser de R$ 175 bilhões.
Deputados e senadores também se mobilizam
Os líderes do PT na Câmara dos Deputados e no Senado Federal também se manifestaram sobre a urgência na aprovação da PEC da Transição.
O senador Paulo Rocha (PT/SP) afirmou que haverá diálogo com líderes no Congresso para manter o valor de R$ 600 para as famílias brasileiras que precisam do auxílio.
“Vamos conversar com líderes das duas Casas para garantir recursos para manter os R$ 600 do Bolsa ainda no início da nova gestão. Lembrando que este foi um compromisso assumido por todos os candidatos. Esperamos o quanto antes garantir a volta da população mais vulnerável ao Orçamento.”
Para o deputado federal Reginaldo Lopes (PT/MG), a aprovação da PEC do Bolsa Família é sinônima da reconstrução do Brasil, que enfrenta desigualdades sociais, falta de emprego, crise econômica e ainda retornou para o Mapa da Fome.
“A reconstrução do Brasil passa pela aprovação da PEC do Bolsa Família. A garantia do direito à transferência de renda permanente de R$ 600 reais e a atenção às nossas crianças menores de 6 anos, com mais R$ 150, será um instrumento fundamental para interromper o ciclo da pobreza e da desigualdade. Além disso, gerará empregos, oportunidades e fará a pequena economia crescer, nos pequenos municípios, nos comércios locais, gerando um ciclo virtuoso que irá contagiar todos os setores da economia”.
Com foco nas famílias que enfrentam insegurança alimentar no país, a deputada federal Benedita da Silva (PT/RJ), da mesma forma, destacou a necessidade emergencial de tirar o país do Mapa da Fome.
“Precisamos mobilizar a sociedade brasileira para a aprovação da PEC do Bolsa Família, pois seis em cada dez pessoas, em nosso país, estão sofrendo com a insegurança alimentar, 33 milhões de pessoas estão passando fome e é preciso, mais uma vez, tirar o Brasil do Mapa da Fome”.
CUT mobiliza suas bases
O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, que também integra a equipe de transição do governo, ressalta que o movimento sindical está em mobilização com as suas bases para a aprovação da PEC no Congresso Nacional.
“A aprovação da PEC do Bolsa Família, além de fundamental, é urgente porque quem tem fome tem pressa e 33 milhões de brasileiros e brasileiros estão passando fome hoje, por culpa do governo incompetente e criminoso de Bolsonaro. A CUT, o movimento sindical, já mobiliza as suas bases para pressionar os parlamentares no Congresso Nacional a aprovar essa Proposta de Emenda Constitucional indispensável para que, de novo, tiremos o Brasil do Mapa da Fome, como fizeram os governos petistas de Lula e Dilma”.
Nobre enfatiza ainda que com Lula na presidência, os retrocessos de Bolsonaro serão barrados e que “é vergonhoso o Brasil ter retornado para o Mapa da Fome com tantos recursos disponíveis”.
“É inadmissível e vergonhoso que um país com os recursos do Brasil tenha mais da metade (58,7%, segundo a Oxfam/2022) da população em algum grau de insegurança alimentar, sem saber se terá comida no prato amanhã. Desde o golpe de 2016, e com Bolsonaro presidente, o país regrediu quase 30 anos, nessa área alimentar, voltando ao patamar da década de 1990. Com Lula na presidência vamos barrar esse retrocesso e, para isso, a aprovação da PEC do Bolsa Família já é prioridade. Toda pressão!”.
Raimundo Bonfim, coordenador da Central Movimentos Populares (CMP), igualmente se manifestou sobre a fome que assola o país.
“A aprovação da PEC é fundamental para assegurar o compromisso firmado com o eleitor no dia 30 de outubro. O mercado só fica nervoso quando queremos dinheiro para quem precisa. A fome tem pressa. Aprova a PEC do Bolsa Família já”.
Ouça ainda o deputado federal Bohn Gass (PT-RS), que explica o andamento das negociações da PEC do Bolsa Família no Congresso Nacional e o rito da PEC no Congresso após a apresentação do texto final pela equipe de transição.
Fonte: Site PT