Em sua edição 164, a revista Focus Brasil, editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA), traz como principal destaque a retomada da indústria nacional e seu avanço no cenário mundial, resultados das acertadas políticas macroeconômicas do governo Lula. A reportagem destaca, por exemplo, que o Brasil subiu 30 posições no ranking da indústria de transformação, puxado pelo setor de bens duráveis, atingindo o 40º lugar entre 116 países. O levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) mostrou um crescimento de 2,9% na produção industrial no segundo trimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2023.
“Esse desempenho coloca o Brasil acima da média global, que foi de 2,0% no acumulado do primeiro semestre, destacando uma recuperação que parece finalmente ter encontrado tração”, diz a matéria da Focus Brasil, acrescentando que, segundo especialistas, o avanço é reflexo de uma combinação de fatores econômicos e políticos.
A revista cita uma análise feita ao portal 247 por Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. “A indústria de bens duráveis é a principal responsável por esse dinamismo. Além disso, há fatores como a criação de empregos com melhores salários, o aumento do rendimento real, a acomodação da inflação e programas públicos como o reajuste do salário-mínimo e a ampliação do Bolsa Família”, explicou o economista.
A reportagem da Focus Brasil destaca ainda que o bom desempenho da indústria brasileira contrasta com os números negativos de outros países da América Latina, como México (-1%), Chile (-0,6%), Colômbia (-3%) e Argentina, que apresentou uma queda de 17,1%, a segunda pior no ranking, atrás apenas da Palestina, com retração de 28,5%. Em termos globais, o Brasil também superou potências como Estados Unidos (-0,1%), Reino Unido (-0,5%) e França (-1,5%).
Nova Indústria Brasil
A revista destaca também iniciativas adotadas pelo do governo Lula para alalvancar o setor produtivo, como o Nova Indústria Brasil (NIB), apontado como um dos principais fatores por trás da retomada, além do impacto defasado da redução da taxa Selic, iniciada em 2023, que facilitou o acesso ao crédito para a compra de bens duráveis. “É justamente essa indústria de bens duráveis que vem puxando o dinamismo industrial brasileiro neste ano”, observou Rafael Cagnin.
Acredita: R$50 bi em investimentos
A reportagem cita também que, no dia 18, o presidente Lula anunciou a expansão do programa de crédito Acredita, para beneficiar pequenos negócios interessados em exportar produtos. Durante evento em São Paulo, Lula assinou projeto de lei que permite a adoção de alíquotas diferenciadas por porte de empresa no regime que envolve o reembolso de valores tributários existentes na cadeia produtiva de empresas exportadoras. Nos próximos anos, o Acredita vai injetar R$ 50 bilhões na economia brasileira.
Novos tempos
Entre outros textos, a revista traz uma matéria destacando que novos avanços na economia mostram que terceiro mandato do presidente Lula “está conseguindo enterrar herança maldita da gestão anterior e melhorar a vida da população brasileira”.
O texto destaca que, entre o início de 2003 e o final de 2010, a frase “nunca antes na história deste país” foi o mantra da enorme revolução econômica colocada em prática pelas duas primeiras gestões do presidente Lula. “Agora, os tempos são outros, mas as mudanças continuam. Desta vez não como revolução, mas como reconstrução. Prestes a completar a metade do seu terceiro mandato, Lula e seu gabaritado time já fizeram o suficiente para deixar para trás grande parte da destroca herança bolsonarista ao país – a começar pela superação da miséria extrema”, diz a matéria.
“Mas não só. Com novas roupagens para medidas antes consagradas, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa Minha Vida, os Mais Médicos e tantos outros, o governo tem mudado para melhor a vida de milhões de brasileiros e brasileiras”, acrescenta.
Artigos
Outro conteúdo da nova edição da revista é um artigo de Alberto Cantalice, diretor da FPA, intitulado “Bloqueio à Cuba: 66 anos de infâmia” e que destaca, por exemplo, o fato de que, há 31 anos, os Estados Unidos descumprem as aprovações na ONU contra o embargo que tem sufocado a economia cubana e trazido vários e graves prejuízos para a qualidade de vida da população da ilha.
“Reiteradas vezes, a Assembleia Geral da ONU aprovou resoluções exigindo a suspensão do bloqueio à Cuba. Resoluções essas, solenemente ignoradas pela empáfia norte-americana. São 31 anos de aprovações na ONU contra o embargo. O período é o mesmo do descumprimento por parte dos EUA. Cuba, como nação independente e soberana, tem o direito inalienável a sua autodeterminação. Não pode os EUA querer impor a ferro e fogo suas concepções de ‘democracia’”, afirma Canalice.
Há também artigo assinado pelo ex-presidente do PT da Bahia Jonas Paulo, intitulado “Repensar fazendo e refazendo”, sobre a necessidade de reaproximação das forças de esquerda com as áreas mais proletarizadas e as periferias cidades, um desafio que ficou bem claro nas eleições municipais deste ano.
“Cabe a análise sobre as razões da diminuição da nossa inserção nas áreas mais proletarizadas e nas periferias das cidades, onde estão as maiorias eleitorais e as populações mais pobres e vulneráveis, que hoje são muito pressionadas e disputadas pela presença da ação acolhedora do conservadorismo religioso e pela força da economia do ilícito e suas estruturas de ação paramilitar”, escreve Jonas Paulo.
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Fonte: Redação PT