Por Julimar Roberto*
Na última semana, 207 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão, no Rio Grande do Sul. O grupo, composto majoritariamente por homens baianos, trabalhava na colheita de uvas na cidade de Bento Gonçalves, e vivia sob condições deploráveis.
Mas você sabe o que é o trabalho escravo? Bem, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a prática como “toda forma de trabalho que é realizado de maneira forçada e involuntária por um indivíduo, que recebe ameaças de punição no caso de não cumprimento de tarefas.” A ação é considerada crime, e, aqui no Brasil, a punição é de 2 a 10 anos de prisão, além do pagamento de multas.
Mas, mesmo com as penalidades previstas em lei, esse tipo de exploração tem crescido no país absurdamente ─ principalmente nos últimos anos, quando houve uma considerável destruição dos direitos trabalhistas. Para se ter noção, apenas nos dois primeiros meses de 2023 mais de 2.500 pessoas foram encontradas em condições análogas à escravidão.
*Julimar é comerciário e presidente da Contracs-CUT