Dados divulgados pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter-B) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam que os alertas de desmatamentos na Amazônia Legal tiveram queda de 10,6% em agosto último, em relação ao mesmo mês de 2023. Comparado com dois anos atrás, a redução é de 69,7%.
O Deter-B foi desenvolvido pelo INPE para informar aos órgãos de fiscalização sobre cobertura e preservação florestal, com capacidade para mapear desmatamentos e outras alterações ambientais. Em agosto, o sistema registrou alertas em 503,65 Km2. Já em 2023, no mesmo mês, o registro foi de 563,09. Em 2022, também em agosto, a área de alerta foi de 1.661,02 Km2.
O sistema detecta e encaminha em tempo real alertas de evidências de alterações em áreas florestais. Na cobertura feita de janeiro a agosto deste ano, a queda é de 24% na comparação com o ano anterior. Foram disparados alertas, nos oito primeiros meses de 2024, para uma área de 2.813 Km2, enquanto em 2023, no mesmo período, foram indicados 3.712 Km2.
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Após o nefasto “passar a boiada” na gestão anterior (2019/2022), visando desregulamentar leis ambientais do país, o compromisso de manter a floresta em pé é uma das prioridades do governo federal, com medidas de combate aos incêndios criminosos e responsabilização dos culpados, na Amazônia Legal, que integra por nove estados (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).
Em comunicado divulgado sexta-feira, 13 de setembro, o governo Lula comemorou o resultado, destacando que “é o menor índice para o mês de agosto desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa” de desmatamentos na região.
Histórico de quedas no desmatamento
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA) divulgou, neste início de agosto, queda de 45,7% das áreas sob alertas de desmatamento, entre agosto do ano passado a julho de 2024. É a maior redução já registrada pelo Deter-B no período de 12 meses. São 4.315 Km2 ante 7.952 Km2 de agosto de 2022 a julho de 2023.
Neste período, registrou-se uma redução de 53% do desmatamento nos 70 municípios da Amazônia Legal considerados como prioritários no combate à degradação florestal. Destas sete dezenas de cidades, 48 aderiram ao programa do governo “União com Municípios”, que prevê repasses de quase R$ 800 milhões para ações ambientais para a redução de desmatamento.
O programa funciona a partir da lógica do “pagamento por performance”, em que o valor investido será mais alto quanto maior for a redução anual do desmatamento e da degradação, calculados por pelo sistema de monitoramento.
Por: Partido dos Trabalhadores
Foto: Fábio Robrigues Pozzebom/Agência Brasil