Dentre todos os países analisados, foi a maior revisão para cima da história, destacou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o anúncio que levou em conta melhorias no mercado de trabalho, na renda e no controle da inflação;
O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou, de 2,1% para 3%, a projeção de crescimento da economia brasileira neste ano, em mais uma confirmação do acerto da política macroeconômica do governo Lula. Dentre todos os países analisados, foi a maior revisão para cima da história, conforme destacou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O FMI atualizou as previsões de crescimento para todos os países durante a reunião anual do órgão, que ocorre em Washington nesta semana. Segundo o Fundo, a economia brasileira crescerá mais que o previsto por causa de resultados melhores que o esperado no primeiro semestre, o mercado de trabalho forte, a inflação sob controle e o aumento da renda. O órgão também citou impacto menor que o esperado das enchentes no Rio Grande do Sul sobre o Produto Interno Bruto (PIB).
O PIB brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre, acima das expectativas do mercado. A surpresa positiva fez uma série de analistas revisarem os números para este ano, elevando as apostas para ao redor do patamar de 3%.
A divulgação do FMI confirma a afirmação do presidente Lula de a economia brasileira vai crescer acima do previsto em 2024, como ocorreu também em 2023, quando a alta foi de 2,9%. “O Brasil segue crescendo com muito trabalho, surpreendendo os pessimistas e pregadores do caos”, afirmou Lula, pela rede social X.
Fernando Haddad falou a jornalistas sobre o assunto na terça-feira (22), na saída de um encontro em Washington, nos Estados Unidos, com representantes do Brasil no FMI e Banco Mundial. “É a primeira vez que um aumento da projeção é tão grande quanto esse. Tem que lembrar também que o FMI refez a projeção do PIB potencial brasileiro muito recentemente”, ressaltou o ministro.
Haddad ainda reforçou que o crescimento brasileiro tem acontecido de forma sustentável e com um controle da inflação. “Isso é sinal de que nós temos um potencial de crescimento sustentável, que não é uma coisa que vai acontecer esse ano e dali a pouco para. Nós temos toda a condição de continuar crescendo”, disse.
O titular da Fazenda também repecutiu a boa notícia na rede social X. “O maior aumento de projeção de PIB da história! O FMI atualizou a projeção de crescimento econômico para o Brasil de 2,1% para 3%. O maior ajuste dentre todos os países acompanhados pelo Fundo Monetário Internacional. Crescimento sustentável com inflação controlada e justiça social”, destacou.
A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), também celebrou a boa notícia para a economia. Em uma postagem na rede social X, a parlamentar citou ações adotadas pelo governo Lula para reconstruir o país e mandou um duro recado aos pessimistas e saboradores de sempre.
“FMI subiu de 2,1% para 3% a previsão de crescimento do PIB do Brasil este ano. Confirma a retomada da economia no governo Lula, sem cortar recursos dos pobres, reduzindo imposto de renda do trabalhador e garantindo os pisos da saúde e educação. Hora de lembrar que Paulo Guedes dizia que desse jeito o Brasil ‘ia virar uma Argentina em 6 meses e uma Venezuela em um ano e meio’. Não virou, nem mesmo com a sabotagem do BC bolsonarista nesses quase dois anos. O Brasil de Lula cresce com mais emprego, salário, renda e investimento, público e privado. Quem quer voltar ao passado são os especuladores do mercado financeiro”, afirmou a presidenta do PT.
Outro que comemorou a revisão do FMI foi o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo Lula no Congresso Nacional. “O Brasil acaba de registrar o maior aumento na projeção do PIB de sua história! O FMI revisou a previsão de crescimento econômico, subindo de 2,1% para 3%. O maior ajuste entre todos os países monitorados. Governo Lula trabalhando duro para melhorar o Brasil!”, destacou, na rede social X.
Juros altos travam alta do PIB em 2025
Apesar da melhoria nas expectativas para este ano, o Fundo estima desaceleração do PIB para 2025, com o crescimento caindo de 2,4% para 2,2% O panorama é menos otimista, segundo o órgão, em razão da redução dos estímulos fiscais concedidos desde o ano passado e dos juros elevados.
Essa é mais uma confirmação dos efeitos nefastos da política monetária praticada pelo Banco Central, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto. Em sentido oposto ao esforço do governo para retomar o crescimento econômico, o Comitê de Política Econômica (Copom) do BC voltou a elevar a taxa básica de juros (Selic) em setembro, com uma alta de 0,25 ponto percentual, fixando-a em 10,75%. A previsão é que a taxa encerre 2024 em 11,75% ao ano, conforme o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com analistas de mercado.
Alta de 3,2% na economia mundial
A economia mundial vai crescer 3,2% este ano e no próximo, previu o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira (22), optando pela prudência nas suas previsões devido à desaceleração em países emergentes como China, México e Rússia.
Por ocasião da publicação do seu relatório anual sobre a economia mundial (WEO), o FMI manifestou preocupação com o aumento da incerteza a nível global, devido à multiplicação dos riscos tanto geopolíticos como econômicos, em particular a a desaceleração econômica registrada na China, fatores que levam ao enfraquecimento das previsões em nível mundial.
“Os riscos se intensificam”, por exemplo as tensões geopolíticas, que podem fazer subir os preços da energia, alertou o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em entrevista à AFP.
Brasil, oitava economia do mundo
Com a revisão do PIB brasileiro para 2024, o FMI mais uma vez reconhece a recuperação econômica verificada no Brasil desde a posse do presidente Lula, em 2023. Recentemente, em junho, o órgão já havia elevado o Brasil da nona para a oitava posição no ranking das maiores economias do mundo. O motivo foi o crescimento de 0,8% do PIB no primeiro trimestre de 2024, que resultou em alta acumulada de 2,5% nos quatro trimestres encerrados em março.
Conforme o Fundo, o Brasil ultrapassa a Itália e deve se manter na oitava posição do ranking até 2029, último ano para o qual o Fundo traça projeções.
Fonte: Redação da Agência PT