Realizado domingo (18), o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) firma-se como a maior seleção pública de servidores já realizada no Brasil. A ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, avaliou como muito positiva a aplicação das provas, bem como o expressivo número de participantes, superior a 1 milhão de candidatos às vagas disponibilizadas no serviço público federal.
Previsto para acontecer há cerca de três meses, o CPNU foi adiado para agosto em razão da tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul. Segundo a ministra, o certame cumpriu seu objetivo principal ao democratizar o acesso ao serviço público federal em atenção e respeito à diversidade da população brasileira. Um CPNU em que todos os interessados puderam participar, em condições de igualdade com os concorrentes
Esther Dweck destaca também o nível de segurança na aplicação das provas, diante do baixo número de intercorrências verificadas. Registros apontam que cerca de 0,05% (menos de 500 pessoas) dos participantes foram eliminados do concurso por situações como, por exemplo, sair da sala com as provas, cuja penalidade consta no edital.
E, para que esse êxito fosse alcançado, o CPNU contou com a participação efetiva de órgãos como a PRF (Polícia Rodoviária Federal), a PF (Polícia Federal), a FNSP (Força Nacional de Segurança Pública) e ABIN (Agência Brasil de Inteligência), além das secretarias de segurança pública nos estados. O efetivo mobilizado para garantir a segurança do concurso ficou próximo de 12 mil servidores.
“O espírito de uma inovação do serviço público como fruto de um trabalho coletivo como esse é o que a gente quer passar para essas pessoas que estão se candidatando. É um espírito de dedicação, de serviço público de verdade, e com a sensação muito boa da gente poder servir a população do nosso país para fazer uma transformação verdadeira na qualidade de vida da população”, afirmou a ministra Esther Dweck.
Em visita à Central de Operações do CPNU, em Brasília, na manhã de domingo (18), o presidente Lula agradeceu a todas as pessoas que se esforçaram por guardar e entregar as provas com segurança. Coordenados pelos Correios, equipes trabalharam logo cedo para que as provas chegassem com segurança aos locais de prova. Em duas horas, 170 toneladas de provas em 20 mil malotes foram entregues com sucesso em mais de 3,5 mil locais onde houve o concurso.
“Que venham mais concursos. É preciso termos seres humanos qualificados (no serviço público). Porque o papel do Estado é colocar pessoas que atendam com muito carinho e muito respeito as necessidades da sociedade”, disse o presidente, reforçando o caráter inclusivo da seleção.
Zeloso e exigente quanto ao papel e responsabilidade do Estado no atendimento à população, Lula ratificou, ainda, a importância da prestação de serviços públicos com servidores capacitados. “É a primeira vez que se faz um concurso unificado em nível nacional. A participação foi extraordinária e a diversidade vai ser excepcional. Estamos inovando de verdade no jeito de contratar gente. Nós precisamos adequar a máquina pública brasileira ao século 21”, afirmou.