Com PT, país equilibrou contas, virou 6ª economia e deixou reserva histórica

Diferentes fake news a respeito dos governos do PT, difundidas por uma mídia descomprometida com a verdade, não sobrevivem à primeira estatística oficial. Ao contrário do que dizem, o Brasil experimentou um dos melhores momentos na economia durante as administrações Lula e Dilma Rousseff, com avanços que foram revertidos a partir do golpe contra a presidenta eleita, em 2016.

Entre os finais de 2002 e de 2013, a dívida líquida do setor público, por exemplo, caiu quase pela metade, atingindo aproximadamente 30% do PIB. Os dados são da Fundação Getúlio Vargas (FGV), segundo a qual o período de junho de 2003 a julho de 2008, com Lula na presidência, foi a melhor fase para a economia brasileira em três décadas, com expansão da indústria, alta nas vendas do comércio e aumento da renda.

Conforme a FGV, que considerou dados a partir de 1980, o bom desempenho econômico começou seis meses após a posse de Lula e se prolongou por 61 meses. O segundo melhor período foi entre fevereiro de 1987 e outubro de 1988, na gestão do ex-presidente José Sarney.

A fundação atesta também que Fernando Henrique Cardoso entregou a residência a Lula, em 2003, com o país registrando uma dívida líquida de 59,5% do PIB. Já a partir de 2016, ano do golpe, o governo Michel Temer perdeu de vez o controle das contas públicas, e a dívida líquida, que havia despencado nos governos do PT, voltou a subir, chegando a 52,8% do PIB, em dezembro de 2018.

Por sua vez, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) registra que, ao final da presidência de Jair Bolsonaro, o Brasil contabilizava uma dívida líquida equivalente a 57,5% do PIB, ainda maior do que a deixada por Temer.

A última fake news a respeito dos governos do PT foi publicada em editorial do jornal O Globo, no final de semana. Ao afirmar que “economistas e analistas de mercado manifestam receio sobre os gastos públicos” com a volta de Lula à presidência, o texto desinforma ao dizer que, no último governo Dilma Rousseff, a dívida pública do país explodiu. Não é verdade: segundo a FGV, e também o Tribunal de Contas da União (TCU), em 2016, ano do golpe contra a presidenta, a dívida líquida estava em 33,4%, e a expansão descontrolada se deu após a posse de Temer.

A presidenta do PT, deputada Federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou, no Twitter, que, “no momento em que Lula anuncia novo PAC para gerar milhões de empregos, editorial do Globo falsifica a história econômica do Brasil para pressionar contra investimentos públicos. Nenhum governo reduziu tanto a dívida pública quanto os de Lula e Dilma”. A parlamentar afirma também que, “se preferirem trabalhar com dívida bruta, a trajetória é semelhante”.

Gleisi cita dados do Banco Central, “que o Globo poderia consultar antes de criticar Lula com seus preconceitos políticos e econômicos. É essa visão neoliberal que estava destruindo o país e dando sofrimento ao povo”.

 

Brasil entre as maiores economias mundiais

O legado dos governos do PT vai além da redução expressiva da dívida pública. Ao final de 2011, primeiro ano do governo Dilma, o Brasil conquistou a 6ª posição no ranking das maiores economias do planeta, tendo ultrapassado, inclusive, a Grã-Bretanha. Após os governos Temer e Bolsonaro, porém, o país despencou para a 13 ª posição.

Outro avanço importante registrado pelos governos petistas na economia foi o fortalecimento das reservas internacionais – ativos em moeda estrangeira que funcionam como uma espécie de seguro para fazer frente às obrigações no exterior e a choques de natureza externa, como crises cambiais e interrupções nos fluxos de capital para o país.

Em dezembro de 2010, final do segundo mandato de Lula, as reservas internacionais do Brasil totalizavam US$ 288,57 bilhões, montante 20,7% maior do que o registrado no mesmo mês em 2009. Em dezembro de 2015, penúltimo ano de Dilma na presidência, os ativos atingiram US$368,74 bilhões. Esses e outros dados oficiais são públicos e podem ser facilmente consultados por qualquer interessado, inclusive por repórteres e editorialistas.

Da Redação do PT

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