O governo Lula, por meio do Ministério da Saúde (MS), lançou, nesta sexta-feira (27), a campanha “Se tem fumaça, tem que ter cuidado”, com o objetivo de conscientizar o povo brasileiro e gestores de saúde sobre os riscos da poluição do ar causados pelas queimadas.
A ação faz parte de uma série de iniciativas federais para mitigar os impactos das secas e queimadas, principalmente nas regiões mais afetadas, como o Norte do Brasil.
A campanha, que será veiculada em rádios, TV, mídias digitais e anúncios em carros de som, busca alcançar as áreas mais críticas, onde a fumaça das queimadas é uma ameaça crescente à saúde pública.
“Estamos trabalhando para alertar a população e salvar vidas, pois a poluição do ar já está afetando profundamente a saúde de milhares de brasileiros”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Acesse aqui o site da campanha para mais informações sobre como combater as queimadas
Emergência climática e aumento das queimadas
O cenário de queimadas e seca extrema vem se agravando com o avanço das mudanças climáticas. De acordo com o MS, em alguns estados da região Norte, o número de atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) mais que dobrou.
As consequências são mais severas entre os grupos vulneráveis, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos, que enfrentam isolamento devido à seca dos rios.
“A ordem é acelerar ao máximo o apoio necessário. Não podemos permitir que chegue ao ponto de faltar atendimento. As ações estão sendo intensificadas com a Força Nacional do SUS e os recursos financeiros estão sendo liberados com urgência”, destacou a ministra da Saúde.
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Força Nacional do SUS e assistência às populações isoladas
O trabalho da Força Nacional do SUS (FN-SUS) tem sido fundamental no combate às consequências das queimadas e da seca no país.
Equipes da FN-SUS estão em campo nos estados de Rondônia, Amazonas, Acre e Mato Grosso, oferecendo suporte às autoridades locais e atendendo diretamente as comunidades mais afetadas.
“Nossas equipes estão nas regiões mais vulneráveis, garantindo que as populações tenham acesso a cuidados médicos, alimentos e água potável, apesar dos desafios logísticos que a seca impõe”, afirmou a ministra.
No Amazonas, por exemplo, o nível dos rios está tão baixo que compromete o abastecimento de medicamentos e insumos essenciais em áreas isoladas. Em Rondônia, a solução tem sido o uso de transporte aéreo para levar os recursos necessários.
Mobilização nacional para a prevenção
Com a campanha “Se tem fumaça, tem que ter cuidado”, o governo Lula pretende mobilizar toda a sociedade brasileira para adotar medidas preventivas.
“Queremos que cada brasileiro entenda o impacto das queimadas na sua saúde e saiba como se proteger. Este é um momento de agir com responsabilidade coletiva”, ressaltou Nísia Trindade.
Além da campanha de comunicação, o Ministério da Saúde criou uma página na internet com orientações para a população sobre os cuidados durante o período de queimadas, além de uma central de monitoramento, a Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas.
Esta sala integra as ações de vigilância e resposta a desastres climáticos em tempo real, buscando minimizar os impactos sobre a saúde pública.
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Compromisso com o meio ambiente e a saúde
Durante o anúncio das medidas de combate à seca no Brasil, o presidente Lula destacou a importância de unir esforços no combate às mudanças climáticas.
“O Brasil tem sofrido muito com os efeitos da crise climática, e as queimadas são um reflexo disso. Nossa prioridade é proteger as pessoas e o meio ambiente. Precisamos de uma resposta rápida e eficaz, e é isso que estamos fazendo com a Força Nacional do SUS e essa nova campanha”, afirmou o presidente.
Lula reforçou que a proteção das comunidades vulneráveis é um compromisso central do governo. “Essas populações são as que mais sofrem, e não podemos deixá-las desamparadas. Estamos atuando em todas as frentes para garantir que ninguém fique para trás.”
Medidas urgentes para combater a seca
O governo Lula anunciou a liberação de R$ 514,5 milhões para enfrentar incêndios e a seca na Amazônia.
Esses recursos fortalecerão ações de combate ao fogo, investigação de incêndios criminosos, apoio às populações afetadas e proteção ambiental, com a compra de equipamentos, contratação de brigadistas e apoio logístico.
O pacote também inclui medidas emergenciais para comunidades indígenas e ribeirinhas isoladas pela seca. A Medida Provisória 1.241 assinada pelo presidente facilita o uso de recursos em várias áreas, como segurança pública, saúde e transporte.
Além disso, o Ministério da Saúde está em constante diálogo com as autoridades locais para adaptar as estratégias de assistência.
“Estamos vivendo uma crise de saúde pública que exige adaptação e inovação. Não se trata apenas de liberar recursos, mas de garantir que esses recursos cheguem onde são mais necessários, de maneira eficiente e rápida”, ressaltou Nísia Trindade.
Sala de Situação para Emergências Climáticas
O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, coordena, ainda, a Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas, promovendo uma gestão integrada de resposta.
Em colaboração com estados e municípios, a secretaria monitora a situação do país e apoia ações para reduzir os impactos de eventos climáticos extremos na população, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como gestantes, crianças, idosos, trabalhadores a céu aberto e pessoas com comorbidades.
Técnicos especializados estão trabalhando nas pautas de vigilância em saúde do trabalhador, vigilância de desastres, água e ambiente. As ações da Sala de Situação estão de acordo com a construção do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, que está ocorrendo em âmbito nacional sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente.
Por: Partido dos Trabalhadores , com informações do Ministério da Saúde
Foto: Divulgação/MS