Wellington: “Aliança Global Contra a Fome é marco na luta contra as desigualdades”

“Marco histórico no enfrentamento das desigualdades globais e na garantia da segurança alimentar para milhões de pessoas”, declarou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, após o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza na Cúpula do G20, nesta segunda-feira (18).

Em entrevista coletiva, Wellington Dias destacou: “A primeira boa notícia é que a iniciativa já começou de um patamar elevado, com os anúncios de adesões de bancos, agentes financeiros, instituições diversas e blocos de países (da África e União Europeia), o que aponta grandes perspectivas para a Aliança”.

Como legado da presidência do Brasil à frente do G20, a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza entra agora em fase de implementação. Os países participantes, além de apresentarem declarações de adesão, devem enviar propostas de planos para atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

“Os países apresentam seus planos de forma soberana e independente, mas com propostas voltadas à alimentação escolar, qualificação para o emprego, empreendedorismo e prioridade com crianças e gestantes”, ressaltou o ministro Wellington Dias durante coletiva de imprensa no encerramento do G20 Social, nesta segunda-feira (18).

O evento, iniciado em 14 de novembro, “foi inovador”, segundo Wellington Dias. “Pela primeira vez, o G20 contou com grande integração da sociedade civil”, celebrou o petista. O ministro também destacou que “a partir de discussões com 54 delegações que se somaram ao G20, foram apresentadas propostas cientificamente comprovadas como viáveis e eficientes”.

O titular do MDS considera que “isso é muito importante para os passos seguintes” da Aliança Global. Ao detalhar negociações para sua formação, ressaltou os esforços do governo Lula para que a aliança se tornasse realidade. Wellington acredita que, agora, “a cada mês, a cada momento, nós vamos ter novos anúncios” de adesões.

Formação, Financiamento e Novas Adesões

O balanço apresentado pelo ministro indicou 148 adesões confirmadas ao final do G20 Social. São 82 países, a União Europeia, União Africana, 24 organizações internacionais, nove organizações financeiras internacionais e 31 instituições filantrópicas e não governamentais.

“Entrando 2025, outros países vão aderir à Aliança Global”, informou o ministro, que participou da Conferência dos Países da América Latina e Caribe, em Barbados, onde 33 países aprovaram adesão, com exceção da Argentina que declarou necessitar mais tempo para análise. “A proposta é que os países mais desenvolvidos ajudem os países em desenvolvimento para que sejam assegurados bons resultados”, afirmou o ministro.

Sobre o financiamento da Aliança Global, o ministro destacou a garantia de 50% do custo, até 2030, para o funcionamento da governança da estratégia de ações. Wellington Dias enfatizou também que o Banco Mundial e o Banco Interamericano anunciaram participação com disponibilização de recursos para financiamentos para países e para entidades.

Para Entender a Aliança Global

Segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Maurício Lyrio, o documento de fundação da Aliança foi aprovado por todos os países do G20 e estabelece, entre outros pontos:

– A Aliança Global terá sede na FAO, em Roma (Itália);

– As atividades da Aliança começam em 2025 e vão até 2030.

Os principais objetivos da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançados no G20, incluem:

– Alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferências de renda e sistemas de proteção social em países de baixa e média baixa renda até 2030;

– Expandir as merendas escolares de alta qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com fome e pobreza infantil endêmica;

– Iniciativas em saúde materna e primeira infância terão como objetivo alcançar outras 200 milhões de mulheres e crianças de 0 a 6 anos;

– Programas de inclusão socioeconômica visam atingir 100 milhões de pessoas adicionais, com foco nas mulheres;

– O BID e o Banco Mundial oferecerão bilhões em financiamento para que países implementem programas na cesta de políticas da Aliança Global.

Fonte: Redação PT

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