MDS e ONU selam acordo para combater a fome no mundo

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT-PI), e o diretor do Programa Mundial de Alimentos (WFP, sigla em inglês), Daniel Balaban, firmaram acordo visando a promoção da segurança alimentar mundial. A iniciativa é uma resposta aos dados alarmantes revelados, em 2023, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO): no mundo, 750 milhões de pessoas ainda passam fome.

A parceria com o governo federal envolve a compra de alimentos do Brasil e a distribuição deles em regiões onde há grande demanda. “O Programa Mundial de Alimentos é a maior agência humanitária das Nações Unidas, atende todos os dias mais de 200 milhões de pessoas ao redor do planeta. Essa Aliança Global vem exatamente tocar no nosso objetivo final que é fazer com que mais pessoas tenham acesso a alimentos e menos pessoas no planeta sofram esse mal terrível que é a fome”, explicou o diretor do WFP, em entrevista ao G20 Brasil.

Balaban elogiou a experiência brasileira na redução das desigualdades socioeconômicas, marca dos governos Lula e Dilma Rousseff, especialmente o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Segundo a FAO, entre 2022 e 2023, mais de 24 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil, dados semelhantes aos colhidos pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) nesse período, embora as metodologias sejam distintas.

“Por exemplo, em Moçambique, nós temos um programa de alimentação escolar chamado Pronai, que foi praticamente copiado do Programa Nacional de Alimentação Escolar brasileiro. Então, é muito importante países como o Brasil, que tem uma política pública que dá certo, sejam um exemplo para outros países do mundo que estejam começando a criar essas políticas públicas”, ressaltou.

Produção nacional de alimentos

O acordo assinado com o WFP vai permitir ao Brasil ampliar as vendas da produção nacional de alimentos. Embora o país seja um dos maiores produtores do mundo, poucos estoques são fornecidos à agência das Nações Unidas. “Está na hora do Brasil começar a participar e isso é bom porque os produtores brasileiros vão ter para quem vender, vai ter uma demanda maior pelos seus produtos”, argumenta Balaban.

“Então, eles sabem que vão poder investir cada vez mais na produção de alimentos e vai fazer com o que mais recursos venham para os produtores, que eles tenham mais dinheiro e possam produzir cada vez mais. E esses produtos serão extremamente importantes para fazer com que mais pessoas em países que enfrentam desastres naturais ou guerras e que não estão produzindo alimentos possam receber comida e sejam salvas”, completa.

A expectativa das Nações Unidas é de que, até 2030, ninguém esteja passando fome no mundo. “Eu acredito muito que toda vez que o planeta se une para tentar atingir um objetivo, ele consegue. Há pouco tempo atrás, nunca uma vacina teria sido criada em um ano. O planeta se uniu e criou uma vacina para Covid que funciona e está funcionando. Então, agora está na hora do planeta se unir para acabar com a fome, promovendo a sustentabilidade”, conclui Balaban.

Aliança Global

Dias está no Chile, acompanhando o presidente Lula em visita oficial ao país vizinho. Por meio do “X”, o ministro comemorou a assinatura da carta de intenção para cooperação e adesão dos chilenos à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta liberada pelo Brasil e prevista para ser lançada em novembro, no G20.

“Estou bastante contente com os passos que estamos dando aqui no Chile para a construção da Aliança Global!”, exaltou Dias. “A participação do Chile nessa importante causa incentiva outros países da América Latina e do Caribe a aderirem à Aliança.”

Da Redação PT, com Agência Gov, G20 Brasil, MDS

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