Por Julimar Roberto*
No próximo dia 22 de maio, Brasília será palco do maior ato da classe trabalhadora desde que o povo recuperou o poder através do voto democrático e popular, afastando nas urnas o fascismo e o retrocesso. Convocada pelas Centrais Sindicais, a atividade será uma manifestação da vontade coletiva de ver o Brasil livre das amarras que ainda impedem seu desenvolvimento como nação soberana que é.
Não se trata de um protesto, mas uma convocação para que os trabalhadores e trabalhadoras se unam em uma só voz que ecoará pela capital federal, exigindo que suas demandas sejam consideradas e atendidas por um Congresso Nacional conservador e reacionário, em um contexto político complexo, no qual a vontade de mudança do Governo Lula se depara com o mercantilismo do parlamento brasileiro.
É fato que vivemos um paradoxo político. Elegemos um presidente da República que, historicamente, defendeu e defende os interesses da classe trabalhadora e das minorias, mas nos vemos diante de um Legislativo Federal que ameaça obstruir qualquer avanço em direção à justiça social e econômica. Frente a essa realidade, a presença massiva nas ruas se torna não apenas uma opção, mas uma necessidade premente.
O apoio a Lula não pode se limitar às urnas. É nas ruas que se consolida o verdadeiro poder do povo e que as mudanças são conquistadas. É por isso que a convocação para o dia 22 de maio é tão significativa. É um convite para que toda a classe trabalhadora se una à luta, erga suas bandeiras e marche lado a lado na defesa de pautas estratégicas para nosso desenvolvimento enquanto Estado Democrático de Direito.
O 22M traz uma agenda de lutas extensa e abrangente, refletindo as demandas urgentes e inegociáveis da classe trabalhadora. Da revogação da reforma trabalhista à valorização do serviço público, passando pela defesa do salário mínimo e das aposentadorias, cada bandeira levantada representa uma batalha pela justiça e igualdade em nossa sociedade.
A participação de cada um e cada uma é fundamental. É através da unidade e da determinação coletiva que garantiremos que as mudanças tão necessárias sejam efetivamente implementadas. Não podemos permitir que interesses políticos mesquinhos prevaleçam sobre o bem-estar e os direitos da população.
Portanto, no dia 22 de maio, vamos mostrar ao país e ao mundo a força e a determinação da classe trabalhadora brasileira. Marchemos juntos, com coragem e esperança, rumo a um Brasil mais justo e igualitário para todos, todas e todes.
“Trabalhadores do mundo, uni-vos!”.
*Julimar é comerciário e presidente da Contracs-CUT