O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mais um dado positivo para comemorar as conquistas do primeiro ano de seu terceiro mandato à frente da Presidência da República. Em 2023, 78,2% das negociações de acordo coletivo registraram, pela primeira vez desde 2018, aumento real de salários acima da inflação.
As negociações conduzidas por sindicatos em convenções e acordos no ano passado resultaram em aumento médio de 5,5%, o que representa ganho real de mais de um ponto percentual acima da inflação do período.
Os dados oficiais da inflação ainda não foram divulgados, por isso, a comparação acima tem como base o índice de 3,71% medido pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano passado.
Segundo Hélio Zylberstajn, professor da faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Salariômetro, estudo realizado pela Fipe (Fundação Instituto Econômico de Pesquisas), a construção civil, com 1,52%, foi a categoria com o maior aumento real de salário. Em seguida, aparece a agropecuária (1,17%) e serviços (1%).
No comparativo por estado, o maior reajuste mediano acima da inflação ficou com o Amapá, com 1,67%. E na comparação por região, o Centro-Oeste, teve ganho médio de 1,07% nos salários. O Norte ficou com o menor percentual, 0,53%.
Segundo o estudo da Fipe, o tema mais negociado foi o piso salarial, presente em 80,5% das negociações. O valor médio ficou em R$ 1.563, acima do salário mínimo, que no ano passado foi de R$ 1.320. No comparativo com 2022, o índice foi 4,4% maior.
Segundo a presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, deputada federal do PT pelo Paraná, é muito bom ver o trabalhador brasileiro voltar a ser valorizado e a economia do país reaquecida a partir de estímulos do Estado.
Reajuste dos salários no primeiro ano do governo @LulaOficial 3 superou a inflação pela 1ª vez desde 2018, fruto das negociações e convenções coletivas de trabalhadores. Muito bom ver o trabalhador brasileiro voltar a ser valorizado e a economia reaquecendo, estimulada por…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 24, 2024
O sindicato forte tem papel fundamental na negociação coletiva e em um maior poder de barganha com o empresário. O segundo tema mais negociado, com cerca de 64,5%, são acordos que preveem vários tipos de contribuições para representantes dos trabalhadores, acima do próprio reajuste salarial (59,9%).
As negociações incluíram valor de horas-extras, presente em 58% das convenções coletivas, adicional noturno (35,2%), auxílio transporte (32,3%) e auxílio-funeral (23,8%).
Da Redação PT