Com a implementação de um ambicioso plano de recuperação e modernização do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, cumpre uma série de agendas técnicas para aperfeiçoar os instrumentos de averiguação da realidade socioeconômica do país. Nesta segunda-feira (13), Pochmann reuniu-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar da ampliação das atividades técnicas do IBGE, entre outras ações de cooperação com a pasta. Também participaram do encontro o secretário de Tesouro Nacional, Rogério Ceron, e o secretário de política econômica, Guilherme Melo.
“Mais um dia produtivo na trajetória de ampliação das atividades técnicas do IBGE e da geração de novas parcerias com o intuito de oferecer mais e melhores subsídios às políticas públicas”, celebrou Pochmann, em suas redes sociais, após a reunião.
Depois de anunciar que está “aperfeiçoando as contribuições do IBGE”, Pochmann descreveu “um positivo entendimento” com Haddad e sua equipe e anunciou “uma nova etapa na efetivação de pesquisas pelo IBGE voltadas para o aperfeiçoamento do desempenho da economia brasileira”.
O Ministério da Fazenda, por sua vez, informou que a equipe de Haddad conversou com o chefe do IGBE sobre a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que se debruça, além do orçamento doméstico, sobre as condições de vida e o perfil nutricional da população.
“Na sequência, a importante reunião com o ministro Flávio Dino e a equipe do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, destacou Pochmann. “Na pauta, temas de interesse que compreendem as políticas de segurança pública, o território e a juventude brasileira, bem como a integração de dados”, explicou o economista.
Restauração do IBGE após desmonte de Bolsonaro
Recentemente, Pochmann detalhou, em entrevista à revista Focus Brasil, da Fundação Perseu Abramo, seus planos de restauração do IBGE após o desmonte imposto por Jair Bolsonaro. O economista explicou como vem atuando para montar um sistema integrado de soberania de dados, mecanismo primordial para melhor informar o Estado brasileiro sobre os dados da realidade brasileira.
“É o que guia a política pública, esse sistema integrado. Um grande desafio do ponto de vista da gestão governamental e das políticas públicas”, descreveu ele, informando ainda que a iniciativa tem o apoio entusiasmado do presidente Lula.
Pochmann também detalhou os planos de ampliação do corpo técnico do IBGE. “O IBGE vai fazer o seu maior concurso da história em termos quantitativos, e optou inclusive por fazer parte de um concurso unificado nacional que o governo federal, com o Ministério de Gestão e Inovação, está realizando”, revelou.
Os ataques infundados a Pochmann
Reconhecidamente no meio acadêmico como um dos maiores economistas do Brasil, o professor da Unicamp vem sendo dura e injustamente atacado por setores neoliberais da mídia corporativa brasileira desde que o presidente Lula indicou, em julho, seu nome para presidir o IBGE, uma das mais importantes bússolas de orientação que o Estado brasileiro dispõe para a aplicação de políticas públicas no país.
Os ataques infundados a Pochmann têm sido disparados por um núcleo de pensamento econômico arcaico, cujo neoliberalismo, puramente voltado aos interesses do capital financeiro, ainda encontra abrigo nos jornalões da velha elite.
Descolada do resto do planeta no debate macroeconômico, sobretudo no que diz respeito ao papel do Estado nas economias modernas, a Escola de Chicago agoniza na praça pública da Faria Lima, para desespero de jornais como O Globo, responsável pela última incursão contra o economista, em um editorial de tom quase fundamentalista.
No texto, o jornal acusa Pochmann de promover uma “gestão ideológica”, sem explicar o que isso significa. Também menciona uma suposta “preocupação” no que “diz respeito à manipulação dos números”, em mais um golpe gratuito contra a reputação do economista.
“Editorial do Globo volta a atacar o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, com acusações levianas e suspeitas infundadas”, protestou a presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, pela rede social “X”.
“Ao contrário do que dizem, Pochmann está revitalizando uma instituição fundamental para o país e que foi muito maltratada pelo bolsonarismo”. “Ideológico” é o preconceito do Globo contra um dos maiores economistas do Brasil, defendeu Gleisi. “O que eles querem? Privatizar o IBGE?”, indagou a deputada federal.
Da Redação do PT