Ministério das Mulheres lança campanha ‘Brasil sem violência contra a mulher’

Como se reconstrói o imaginário popular de uma sociedade? Por meio da educação e conscientização. E é justamente isso que o Ministério das Mulheres pretende fazer com a campanha nacional “Brasil sem violência contra a mulher. Brasil com respeito”. A ideia é alertar brasileiros e brasileiras sobre o que é a misoginia.

Lançada em 7 de agosto, data que marca os 17 anos da criação da Lei Maria da Penha, a campanha, segunda a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, “mostra que a misoginia é a raiz de todas as formas de violência contra as mulheres e também das desigualdades de gênero. Com números tão graves de feminicídio e violência sexual no país, atingindo uma quantidade tão significativa de meninas, esperamos que, cada vez mais, todas as pessoas – e não apenas mulheres – saibam identificar e agir contra as diversas situações de misoginia presentes em nossa sociedade , seja buscando ou oferecendo apoio, seja denunciando”.

De acordo com o Ministério, a ação faz parte da programação do Agosto Lilás – mês dedicado ao enfrentamento da violência contra as mulheres. “Os materiais da campanha trazem as diferentes formas de violência – física, psicológica, moral, patrimonial, sexual, política, entre outras – e as desigualdades que as mulheres enfrentam em seu cotidiano. Também contempla a divulgação do Ligue 180, serviço público e gratuito do Governo Federal que informa, orienta sobre direitos e serviços da rede de atendimento às mulheres em situação de violência, acolhe e encaminha denúncias.”

Para ter acesso aos materiais da campanha, basta clicar aqui .

O que é a misoginia? 

Segundo site Politize! , a palavra misoginia vem do grego “‘miseo’ e ‘gyne’, cujos significados são respectivamente ódio e mulheres, a palavra misoginia é usada para definir sentimentos de aversão, repulsa ou desprezo pelas mulheres e valores femininos.”

dados divulgados pela 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)   apontam que, entre 2019 e 2022, aumentou em 1.200% a participação de CACs em ocorrências no âmbito da Lei Maria da Penha .

Os feminicídios aumentaram 6,1%, totalizando 1.437 mortes e as tentativas aumentaram 16,9%, em comparação com 2021. Sete a cada 10 mulheres foram assassinadas dentro de suas casas e, em 53,6% dos casos, o assassino foi o parceiro íntimo, sendo que em 19,4% dos casos, os crimes foram cometidos pelo ex-parceiro e 10,7%, por algum familiar.

A banalização das violências praticadas contra as mulheres é um sintoma de que a sociedade está adotada. Por isso, a campanha capitaneada pelo Ministério das Mulheres é necessária. De acordo com a massa, há oito anos a palavra feminicídio era desconhecida do grande público, mas foi compreendida pela comunidade após campanhas e apoio popular, o mesmo deve ser feito com o termo misoginia que é a raiz de todas as formas de violência contra as mulheres.

Não se espanta, portanto, que pelo fato de termos vividos durante quatro anos sob uma gestão que exalava ódio às mulheres e aos seus direitos, aqueles que são favorecidos da prática, encontraram liberdade e uma certa segurança para praticar os ódios e as violências contra como mulheres.

Além dos dados do Anuário da Segurança Pública, que revelaram que 2022 foi o ano mais violento para meninas e mulheres no Brasil, é urgente que os homens de todas as idades compreendam e aceitem que as mulheres não são objetos e devem ser focos de violência.

Da Redação do Elas por Elascom informações do Ministério das Mulheres e do Politize! 

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