Anne Moura: “Amamentar não é só um ato de amor, mas um ato político de muita força e dedicação”

No dia 1º de agosto, celebramos o Dia Mundial da Amamentação e também damos início ao Mês do Aleitamento Materno no Brasil. Aqui, quero compartilhar minha experiência com a amamentação do Simón Luiz.

Nós dois tivemos a sorte e o privilégio de receber assistência, durante esse momento tão especial e ao mesmo tempo difícil, que é a amamentação.

Pude me preparar antes para poder amamentar, bem antes desse momento. Embora digam que este ato é simples e natural para toda mulher, quem vive esse momento sabe que ele exige um esforço e dedicação muito grande.

Depois que o bebê nasce, nossa cabeça funciona o tempo todo na função única e exclusiva de garantir o nosso bebê vivo, saudável, ganhando peso. Por isso, tantas pressões e responsabilidades influenciam diretamente no funcionamento do corpo e da mente da mãe que também acabou de nascer.

Posso dizer com tranquilidade que eu consegui passar por esse momento. Mas não existe romantismo: é necessário falar a verdade, se eu não tivesse as informações que recebi no pré-natal dadas pela enfermeira Eurania Pinheiro Pita eu não conseguiria de primeira amamentar meu filho. Foi necessário compreender a importância do aleitamento materno, desde a hora que ele saiu da minha barriga, da hora dourada, do contato pele a pele, desde a primeira vez que ele sugou, e também depois, durante e os meses seguintes.

Apesar de não ter tido complicações na amamentação, também vivi, como muitas outras mães, a exaustão do amamentar. Muitas vezes tirei energia de onde não tinha para nutrir meu filho. Em muitas madrugadas dormi sentada de tanto cansaço, mesmo tendo o privilégio de ter uma rede de apoio, o que não é a realidade de todas as mulheres.

Por isso, neste dia, venho falar da importância da informação e da assistência para se ter uma boa amamentação. Desejo força, paciência e resiliência para as muitas mães que enfrentam, para além das dificuldades, verdadeiras batalhas para manter esse ato tão fundamental para o desenvolvimento desses pequenos.

Para aquelas que, assim como eu, têm bastante produção, que possam doar aos bancos de leite de suas cidades, a fim de nutrir e colaborar com o fortalecimento da vida de muitos outros pequeninos. Nós todas, somos muito fortes e corajosas e sabemos que amamentar não é só um ato de amor, mas um ato político de muita força e dedicação.

Da Redação do Elas por Elas

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