O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta segunda-feira (12), de reunião com ministros e líderes do governo no Congresso Nacional. Ao final, em entrevista coletiva, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que foi uma reunião de coordenação do governo, que discutiu as ações programadas para as próximas duas semanas.
“O foco da reunião foi discutir um pouco a pauta do Congresso e as agendas do presidente nessas próximas duas semanas”, disse Padilha, acrescentando que Lula deve fazer, na próxima quinta-feira (15), uma reunião ministerial. “Ele quer ouvir de cada ministra, de cada ministro um certo balanço de suas ações até o momento e planejar o próximo período do governo”, detalhou.
O ministro relatou que, durante a reunião, o presidente fez uma avaliação muito positiva desse início de governo. Segundo ele, o presidente comemorou a efetivação de “tudo aquilo que foi planejado, como a recriação de programas sociais, de retomada de instâncias de diálogo e a recuperação do papel do Brasil no mundo”.
Padilha também informou que foi discutida a pauta na Câmara, no Senado e no Congresso para as próximas duas semanas, com alguns pontos prioritários. “Primeiro, em relação ao Senado, prioridade absoluta da discussão e aprovação do marco fiscal. Deveremos ter, na próxima quinta-feira (15), uma reunião chamada pelo presidente do Senado [Rodrigo Pacheco], onde estarão líderes do Senado, com a presença do ministro Fernando Haddad [Fazenda], da ministra Simone Tebet [Planejamento], além da minha presença, além dos líderes do governo no Senado e no Congresso para apresentar e discutir mais detalhes em relação ao marco fiscal”, disse Padilha.
Ele sublinhou que o ministro Fernando Haddad tem colocado sua agenda à disposição do Senado e tido conversas com o relator, Omar Aziz (PSD-AM). “O relator Omar Aziz é um relator extremamente experiente, com capacidade de podermos concluir a votação do marco fiscal. A nossa expectativa é poder votar o mais rápido possível. Como conseguimos fazer na Câmara dos Deputados, consideramos que a aprovação do marco fiscal tem um peso importante na definição das regras da Lei de Diretrizes Orçamentárias”, enfatizou o ministro das Relações Institucionais.
“É importante a votação o mais rápido possível, além de reforçar o ambiente positivo no país, na economia. Tivemos, na semana passada, a taxa de inflação mais baixa do período, retomada do crescimento econômico, perspectiva muito positiva da economia. Esse ambiente é reforçado pela aprovação do marco fiscal”, sublinhou Padilha.
Sabatinas
Ainda durante a reunião, segundo o ministro, foi passado ao presidente um panorama das sabatinas que estão programadas no Senado – do advogado Cristiano Zanin, indicado para o Supremo Federal (STF), e de Gabriel Galípolo e Ailton Aquino dos Santos, indicados, respectivamente, para os cargos de diretor de Política Monetária do Banco Central e diretor de Fiscalização da instituição.
“O presidente Lula reforçou o pedido aos senadores, aos líderes no Senado, ao líder no Congresso, ao ministro das Relações Institucionais que continuem acompanhando, junto às comissões, aos senadores e senadoras, a preparação dos indicados para essas sabatinas”, disse Padilha. Segundo ele, a expectativa é que até o fim de junho estejam concluídas as votações, nas comissões e no plenário do Senado, das indicações para o BC e o STF.
Medidas provisórias
O ministro também disse que a reunião com o presidente tratou da expectativa de que a votação final da medida provisória do Programa Minha Casa, Minha Vida ocorra na próxima semana, no Senado. A matéria já foi aprovada na Câmara. “A expectativa é de mais uma vitória na recriação de programas sociais do governo”, sublinhou Padilha. Em relação à pauta na Câmara, o ministro disse que a prioridade é buscar a aprovação da medida provisória do Programa Mais Médicos.
Padilha acrescentou que, durante a reunião, Lula reafirmou a importância da participação do Congresso Nacional nas discussões sobre a composição do governo.
“O presidente Lula também reforçou que acolhe sempre qualquer crítica, qualquer comentário que possa vir do Congresso como parte da democracia, e reforçou a necessidade de o governo, dos seus ministros e ministras, acelerarem, inclusive, a composição do governo. Nós temos feito um trabalho junto aos ministérios, os parlamentares apresentam, nos estados, os nomes; tem uma avaliação técnica desses nomes, os ministros e ministras devem fazer uma avaliação técnica”, disse.
“O presidente Lula reforçou isso. Ele quer gente competente, mas reforçou a importância de o governo sempre estar à disposição de ouvir o Congresso Nacional, os atores políticos, representantes da sociedade, na composição do governo”, declarou.
Participaram do encontro com Lula os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Casa Civil, Rui Costa; da Secretaria-Geral, Márcio Macedo; de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; da Comunicação Social, Paulo Pimenta; do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; dos líderes do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP); no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA); na Câmara, José Guimarães (PT-CE); e o chefe do gabinete pessoal do presidente, Marco Aurélio Marcola.
Da Redação do PT