Senadores ironizam volta de Bolsonaro: “sem dinheiro para aliciar”

O ex-presidente Jair Bolsonaro está de volta ao Brasil. A recepção, na manhã desta quinta-feira (3), no entanto, foi longe do que a imaginada por ele. O ex-militar chegou até mesmo a culpar o governo Lula pelo fracasso. No Twitter, o tema bombou e senadores do PT e autoridades ironizaram.

O retorno acontece três meses depois do candidato derrotado em 2022 ter abandonado o país em direção aos Estados Unidos.  Acreditando que seria recebido de forma triunfal, a falta de interesse da população pelo fato levou o senador Humberto Costa (PT-PE) a questionar se faltou dinheiro para apoio.

“Sem dinheiro público para aliciar seguidores, Bolsonaro teve uma recepção medíocre, assim como foi o seu governo. Agora, vai ter que se explicar na justiça sobre as joias que tentou surrupiar e tantos outros escândalos de corrupção da sua gestão”, afirmou Humberto.

Já a senadora Teresa Leitão (PT-PE) disse que o ex-presidente encontrará o país muito melhor do que ele deixou.

“Bolsonaro voltou. Vai encontrar o Brasil muito melhor do que deixou quando abandonou o cargo depois da derrota para Lula”, afirmou.

Irritado

De acordo com O Globo, a decisão da Polícia Federal (PF) de obrigar Jair Bolsonaro a deixar o Aeroporto Internacional de Brasília sem contato com o público o deixou “irritado”.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi mais direto sobre o fracasso: para ele, o evento simplesmente “flopou”.

“Quem quiser apostar no conflito agora vai ser mal-sucedido. Da mesma forma que foi mal-sucessida a tentativa de recepção, flopou”, ironizou Padilha.

Carro blindado

A choradeira de Bolsonaro incluiu até mesmo não ter recebido um carro blindado da Presidência da República. Em nota, a Casa Civil esclareceu que nenhum ex-presidente tem direito a esse benefício.

“Conforme prevê a Lei no 7.474/1986, os ex-presidentes têm direito a dois veículos oficiais e os respectivos motoristas. Nenhum ex-presidente utiliza veículos blindados cedidos pela Presidência da República. Reforçamos que os dois veículos oficiais foram disponibilizados e estão sendo utilizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro”, diz o texto.

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