Com injeção na economia, Bolsa Família vai tirar 3 milhões da extrema pobreza

Pouco tempo após a volta de um dos maiores programas de transferência de renda do mundo, a economia real já começará a sentir seus efeitos positivos nos próximos meses. Levantamento do economista Daniel Duque, do Ibre/FGV feito para o jornal O Globo aponta que o pagamento do Bolsa Família deverá tirar cerca de 3 milhões de brasileiros da extrema pobreza. E não é só: economistas da XP estimam que a injeção de recursos no PIB resultará um crescimento da renda familiar do brasileiro em 3,5%. Quase metade (1,4%) é por causa do Bolsa Família, relatam os repórteres Fernanda Trisoto e Vitor da Costa.

“Economistas projetam forte impacto positivo no aumento na renda e no consumo, ajudando a economia em 2023”, festejou a presidenta Nacional do PT, Gleisi Hofmann, pelo Twitter. “Dinheiro na mão do povo não é gasto, é investimento e justiça social”, afirmou Gleisi.

Segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no terceiro trimestre do ano passado, 12,47 milhões de brasileiros estavam em situação de pobreza extrema. Duque calcula que esse contingente cairá para 9,46 milhões de pessoas com a execução do Bolsa Família.

O novo programa do governo Lula paga R$ 600 por família e um adicional de R$ 150 para cada criança de 0 a 6 anos. Além disso, a partir de junho, haverá um pagamento extra de R$ 50 por cada pessoa na família com idade de 7 a 18 anos. Nesta segunda (27), começaram os pagamentos aos beneficiários com NIS de final 6.

Banco Mundial

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome, o valor médio do benefício em março mês é de R$ 669,93. No mês passado foi de R$ 606,91. Ao todo, 8,9 milhões de crianças de até 6 anos receberão o adicional de R$ 150.

Saiba tudo sobre os pagamentos do Bolsa Família aqui.

De acordo com o Banco Mundial, é considerada extremamente pobre a pessoa que sobrevive com menos de US$ 1,90 por dia. Segundo critérios do governo federal, para receber o benefício, as famílias devem ter renda per capita de até R$ 218.

Impacto no consumo

Segundo os economistas da XP Rodolfo Margato e Tiago Sbardelotto o Bolsa Família terá grande impacto no consumo, interferindo positivamente no PIB brasileiro. A ponto de apontarem um crescimento da economia de 1% neste ano.

“Neste ano, as transferências de renda mais volumosas tendem a prover uma sustentação para o consumo e suavizar a desaceleração em curso do gasto das famílias”, avaliou Margato, ao depoimento ao Globo. “A variação do consumo das famílias poderia ser até negativa se não fosse o aumento da renda disponível”.

“Os dados mostram que, com investimento e muito trabalho para cuidar de quem mais precisa, podemos promover crescimento econômico e reduzir a desigualdade social”, observou o ministro da Casa Civil, Rui Costa. “O Bolsa Família é uma ferramenta importante para alcançarmos esse objetivo”.

Da Redação do PT, com O Globo

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