Governo fará campanha nacional para estimular a vacinação, anuncia Alckmin

Em entrevista neste domingo, após reunião com integrantes do GT da Saúde, vice-presidente eleito também destacou que o país investirá na industrialização no setor

O vice-presidente eleito e coordenador do Gabinete de Transição, Geraldo Alckmin, afirmou neste domingo (04/12), em São Paulo (SP), que o novo governo fará, logo nos primeiros dias, uma ampla campanha de vacinação para sensibilizar a população sobre a importância da vacinação contra a Covid.

“A atitude mais imediata que o novo governo deve tomar nos primeiros dias é imunização, é vacina. Uma grande campanha nacional”, disse ele. Segundo Alckmin, apenas 12% das crianças de seis meses a três anos de idade estão vacinadas contra a Covid. “Não há nada mais triste do que perder um filho, uma filha. A vacina salva vidas. Vamos fazer uma grande campanha, um trabalho de vários ministérios, junto com a sociedade civil, artistas e lideranças, para importância da vacina”, explicou. Além de vacinação, governo fará mutirões para reduzir a fila por atendimento médico no país.

O coordenador do Gabinete de Transição reuniu-se no final da tarde deste domingo com um grupo de médicos que integram o Grupo Técnico da Saúde. Além da importância da imunização, foram discutidos investimentos em saúde digital e no complexo industrial de setor. Com inovação tecnológica e investimento em saúde digital o país poderá ampliar os atendimentos em telemedicina, além de capacitar profissionais. “Há estudo do HC (Hospital das Clínicas) que mostra como foi importante ter especialistas, neurointensivistas, mesmo que à distância”, disse Alckmin, referindo-se à pandemia.

Presente na reunião, o professor Giovanni Guido Cerri explicou que a saúde digital é um recurso tecnológico que melhora o acesso à saúde em regiões que não são adequadamente assistidas, reduz as desigualdades, ajuda a capacitar profissionais e pode atender comunidades sem médico. “É uma tecnologia de custo muito baixo, que pode ser implantada em larga escala e atende os grandes problemas da saúde do país: que é desigualdade, acesso e financiamento”.

Indústria
Com investimento num complexo industrial da indústria da saúde país terá mais empregos, disse Alckmin. “Brasil precisa recuperar sua indústria. Houve um processo de desindustrialização muito grande nos últimos 40 anos. Saúde é emprego na veia.”

Alckmin revelou que o orçamento da saúde previsto para 2023 é insuficiente. “Precisaríamos em torno de R$ 22 bilhões a mais do que está previsto porque não há recursos para o Farmácia Popular. Quem tem doença crônica precisa tomar remédio”, disse.

O grupo também discute novas formas de financiamento para o setor, com novos formatos que levem em consideração tempo de internação e diminuição de mortalidade. Segundo Alckmin, esse grupo de especialistas continuará a contribuir com o governo após o período de transição, fazendo sugestões e trazendo propostas.

Participaram da reunião os médicos especialistas e professores: Miguel Srougi, Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho, Fábio Biscegli Jatene, Claudio Lottenberg, José Medina Pestana, Drauzio Varella, Linamara Rizzo Battistella e Milton Arruda.

 

Do site do Gabinete de Transição

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