Na manhã dessa quinta-feira (4), o Núcleo Petista do Ramo do Comércio e Serviços (NUPRACS) promoveu um importante um debate formativo. Durante a atividade, os participantes puderam fazer diversas intervenções e tirar dúvidas acerca do tema “orientações jurídicas para apoiadores e cabos eleitorais: o que pode e o que não pode durante a campanha”.
A atividade, realizada de forma virtual, contou com a participação do advogado especialista em direito eleitoral, Márcio Silva, que atuou nas campanhas presidenciais de 1998, 2002, 2006 (Lula/PT), 2010 (Dilma/PT) e de 2018 (Meirelles/MDB).
Márcio Silva destacou que a eleição de 2022 contará com campanhas polarizadas e conflituosa. Por esse motivo, as pessoas que ocupam espaços de organização devem ter muito cuidado e critério na hora de escolher quais candidatos e campanhas apoiar.
“Não podemos assistir a campanha de forma passiva, nós temos um lado. Existe um espaço de liberdade de militância que não podemos abrir mão. Dentro desse contexto, as organizações que estão direta e indiretamente ligadas às campanhas precisam contar com assessoria jurídica nesse período eleitoral, porque algumas questões que surgem no dia a dia são imprevisíveis e é preciso estar preparado”, pontuou.
Outro importante ponto ressaltado pelo especialista em direito eleitoral, foi o combate à disseminação de mentiras. “Esse ano, as eleições virão no sentido de domar a fera, por isso, um grande desafio será o combate as fake News, um problema que atualmente prolifera de forma extremamente fértil. Esse é um mal e uma dificuldade que não tem solução no atual sistema eleitoral. Para mudar esse cenário é preciso repensar completamente o modo de atuação do sistema eleitoral brasileiro”, disse.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo do Comércio e Serviço da CUT (Contracs) e um dos coordenadores do NUPRACS, Julimar Roberto, afirmou que em tempos de tanta violência política e repressão, a palavra de ordem deve ser organização.
“Temos que manter a unidade de classe e levantar a bandeira do amor e da liberdade. Se quisermos sair vitoriosos, a nossa luta deve ser pela manutenção da democracia no país. O discurso do atual presidente é notadamente ditatorial, que reprime qualquer ideia contrária. Ele tenta desqualificar a todo custo o sistema eleitoral, por isso, precisamos defender nossa democracia conquistada a duras penas e eleger uma bancada progressista que defenda as nossas bandeiras”, concluiu Julimar Roberto.